sábado, 13 de março de 2010

Qatar - Série das Arábias - Parte II e III

A segunda reportagem da série mostra o centro equestre que está sendo construído para abrigar os cavalos árabes do Sheikh Khalifa Al Thani. Na verdade, ele já tem um, com ar condicionado e alfafa importada, mas acha que os cavalos de sua coleção merecem mais. Os qataris são apaixonados por cavalos árabes. Lotam estádios nas apresentações e competições desta raça. E como sobra dinheiro na conta do Sheikh Khalifa Al Thani, ele manda buscar os melhores cavalos que existem por aí. Este, que aparece na foto acima, se chama Al Zeer Al Shaqab, cavalinho básico que custa a bagatela de 600 mil euros. Tem base ? E olha que muitos desses melhores cavalos árabes do mundo estão no Brasil. Eu não sabia, mas o Brasil tem uma criação tradicionalíssima de cavalos árabes e já fez muitos campeões mundiais. O Sheikh sabia. Por isso importou alguns de nossos melhores garanhões e, de quebra, levou tambem alguns brasileiros para treinar os cavalos. Foi uma grata surpresa encontrar Fabrício no Centro Equestre do Sheikh. Ele está feliz. Saiu de Sorocaba, atravessou o mundo e hoje ganha 15 mil dólares por mês. Além de casa, carro, escola para os filhos, empregada e duas passagens anuais para o Brasil. Duas férias, pra falar a verdade. E ainda a promessa de, depois de quatro anos, gerenciar uma franquia, aqui no Brasil, do Centro Equestre Al Shaqab, que o Sheikh pretende transformar no melhor do mundo. Eu, do lado de cá, não duvido nadinha que isso aconteça.


Ao lado, momento da entrevista com Fabrício, gravada pelo incansável e talentoso José Straceri, o Xuxa. Um profissional de primeira. E, mais que cinegrafista, um amigo leal e companheiro para qualquer adversidade.









Para ver a reportagem basta clicar na imagem abaixo:




A terceira da série é sobre o Colecionador, aquele que montou um museu particular das Arábias e que foi tema de um post aqui. Para acessar o post, click em

http://umgiramundocomoeu.blogspot.com/2009/11/o-colecionador.html

Se você quiser assistir a reportagem, clique na imagem:






E já que a reportagem é sobre um museu, aproveito para falar de um outro, tão impressionante quanto o do Sheikh Faisal mas que, infelizmente, só conheci pelo lado de fora. Ao lado e abaixo, fotos do  Museu de Arte Islâmica, que tambem fica em Doha. Tirei as duas fotos, aparentemente iguais,  propositalmente em horários diferentes para que pudesse captar um detalhe que faz muita diferença. Antes de falar do detalhe, algumas informações sobre o Museu. O prédio foi projetado pelo arquiteto americano de origem chinesa,  Ieoh Ming Pei, que tambem é autor da famosa pirâmide do Louvre. A exemplo de Niemeyer, Ming Pei tambem caminha para se tornar centenário. Já tem 93 anos. Não sei não, mas acho que a arquitetura está, de alguma forma, ligada à longevidade. Bem, mas voltando ao assunto, quando recebeu a encomenda do projeto, Ming Pei fez uma longa viagem por diversos paises islâmicos. Queria buscar inspiração. E, olha, ele encontrou, viu ? Repare na cobertura do edifício! Retrata a face de uma mulher muçulmana. Evidentemente escondida pela burka, o manto negro que cobre o rosto e o corpo das mulheres do Islã. Fica mais fácil perceber este 'rosto' na foto abaixo, tirada durante a noite.  Não é um detalhe e tanto ??

 
Ah, como cabe a um museu concebido pelos Sheikhs do Qatar, este tambem é um dos mais ricos do mundo. Tanto pela qualidade histórica das peças, quanto pelo valor material, incalculável, de cada uma delas. A diferença é que lá, o acesso à cultura é gratuito. Ninguem paga para entrar no museu e conhecer toda a história do mundo árabe.

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