terça-feira, 26 de julho de 2011

Kill me, please...

Todo mundo sabe o que é depressão. Por ter ouvido falar ou por conviver com pessoas que padecem com a doença. Ela é sorrateira. Se instala e vagarosamente consome sentimentos básicos e essenciais como a alegria, a felicidade e, algumas vezes, até a vontade de viver. Mas até onde pode chegar essa sensação que corrói e, eventualmente, deforma a personalidade das pessoas ? A resposta pode estar na reportagem sobre a mulher que planejou seu próprio assassinato. Durante anos, a jovem advogada foi tratada como depressiva. Mas tinha, na verdada, uma doença ainda mais grave. Se chama Transtorno de Borderline. Borderline significa 'limitrofe'. É a fronteira exata entre o que chamamos de normal e aquilo que conhecemos como insano. Quem sofre desse mal caminha o tempo todo no fio da navalha. Basta um escorregão para cair. E quem cai,  muitas vezes, não consegue mais se levantar. Foi o que aconteceu com a advogada de Penápolis, no interior de São Paulo. Para ela, a sensação de abandono e rejeição foi mais forte que qualquer razão para viver.


Ainda existe uma controvérsia sobre o mal que afligia a advogada. O Transtorno de Borderline transforma a pessoa num potencial suicida. Mas a vontade de tirar a própria vida se manifesta em situações pontuais. É como se fosse um surto. Vem, se manifesta, e passa. Mas o plano da advogada foi calculado nos minimos detalhes. A elaboração da propria morte começou na noite de sábado. E só se consumou na madrugada da terça-feira. Ela teve tempo de pensar e repensar em tudo. E de se arrepender tambem. Mas escolheu morrer pelas mãos de outra pessoa. Uma fonte segura disse que, na véspera, ela esteve na igreja e se confessou para o padre. Será que foi a religiosidade que a impediu de tirar a própria vida ? Nunca saberemos.

Ps: Muita gente, médicos inclusive, confundem o Transtorno de Borderline com a depressão. E, por esse Brasil afora, inúmeros pacientes são diagnosticados de forma equivocada. E tratados com medicamentos que não inibem os sintomas perigosos e, as vezes fatais, do transtorno de Borderline.

Um comentário:

  1. Raul,

    Repliquei, com citação da fonte e pequeno preâmbulo, no meu blog:

    http://conhecerparaprevenir.blogspot.com/2011/07/o-caso-da-advogada-paulista.html

    Um abraço,
    Abel

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