Chegamos em Manila num dia ensolarado. E aqui o sol, necessariamente, é sinônimo de muito calor. Temperatura na casa dos 35 graus. O trajeto até o hotel é tranquilo. Não muito rápido, por causa do transito caótico, mas tranquilo. Durante o percurso faço o que sempre costumo fazer quando estou numa cidade desconhecida: mantenho os olhos atentos, tentando fotografar na retina tudo que é inusitado, apreciando a arquitetura, o trânsito, as pessoas, enfim, me deliciando com as diversas faces de uma cidade que, à primeira vista, parece diferente. Mas descubro,assim, que algumas dessas faces são incrivelmente familiares para nós, brasileiros. Muito de Manila evoca a periferia de nossas metropoles. Para o bem e para o mal. O emaranhado de fios nos postes, sugerindo 'gatos'' pra todo lado, ruas cheias de buracos, mas uma gente alegre, receptiva e sorridente.
O lado nobre da cidade tem avenidas bem asfaltadas, fontes luminosas, lojas de grife e uma gente cheia de empáfia, desfilando com cachorrinhos na coleira. Não adianta. O novo rico é igual em qualquer lugar do mundo.Mil vezes a periferia. O motorista explica que nosso hotel fica num dos melhores bairros da cidade. Quando chegamos, a realidade é bem diferente. Fico imaginando como são os piores bairros, já que o nosso tem ruas sujas e escuras. Cheiram urina. E a prostituição rola solta. A moeda é o peso filipino, que é convidativo para compras. Um real brasileiro vale 38 pesos. E descubro, logo ali, na esquina do hotel, como é bom ter uma moeda forte no bolso. O jantar solitário, num bom restaurante japonês, com direito a sushi, sashimi, bebidas e outros 'mis' mais, sai por módicos 12 reais. Vou virar freguês.