Sempre soube que existem bilionários excêntricos. Que gostam de colecionar carros, iates, mulheres. Mas nenhum é páreo para o Sheikh Faisal bin Qassim Al Thani, um dos homens mais ricos do Qatar. E, por tabela, um dos mais ricos do mundo. O Sheikh Faisal pertence à família Al Thani, que manda no Qatar e é simplesmente dona da terceira maior reserva de petróleo que existe no planeta. Quando, anos atrás, o barril de petróleo patinava entre 8 e 12 dólares, a família Al Thani já era muito feliz. Imagine hoje. E sabe o que o Sheikh Faisal mais gosta de fazer com parte do dinheiro que tem ? Colecionar. Parece que desde criança ele já tinha esta mania. Mas aí ele foi crescendo, o preço do petróleo foi aumentando, os dólares começaram a dar em árvores e ele pensou: vou aumentar minhas coleções!! Dia desses viajei ao Qatar para cobrir uma conferência sobre educação. E descobrir outras pautas pelo caminho. No último dia tive acesso ao palácio do Sheikh Faisal. Um feito, porque jamais uma equipe de tv da América Latina tinha entrado na residência do homem. O palácio foi especialmente construído, em 1992, para abrigar as coleções do maior colecionador do mundo. É isso mesmo! Ninguém neste mundo tem uma coleção tão grande e diversa como o Sheikh das Arábias. O palácio é todo feito de pedras e tem o formato de um castelo. Ou uma fortaleza, já que abriga tesouros inimagináveis. No total, são 20 mil peças. A maioria absoluta é relacionada com a história do oriente. A primeira sala que vimos foi a das armas. Todas ficam dentro de armários de vidro climatizados, para evitar fungos. São espadas, adagas, espingardas, floretes, enfim, um arsenal histórico de valor incalculável. Em um canto, uma armadura que pertenceu a Saladino, o maior conquistador do Oriente. Em outro, uma espada com cabo de marfim e a lâmina adornada com ouro e prata. Mais alguns passos e estamos diante de armas usadas pelos guerreiros mongóis de Gengis Khan. Em outro armário, uma espada usada na Índia para decapitar os inimigos. Ao lado de outra, tambem indiana, usada para cortar as mãos dos ladrões. Dali passamos para a ala das vestes. Um passeio pela história de cada país do oriente. Roupas usadas por reis, rainhas, sheikhs e soberanos de todos os naipes. Não me lembro de ter visto nenhuma que não tivesse algum adorno de ouro, prata ou diamante. Para realçar as roupas, a maior parte foi vestida em manequins. Um deles, feminino, usa um véu cobrindo o rosto. Detalhe: o véu é todinho de ouro (primeira foto). Uma sombrinha indiana, do tamanho de um guarda-sol, também brilha em dourado por causa da decoração cheia de brilhantes e ouro. O Sheikh tem também uma coleção com 200 carros antigos. Inclusive o primeiro carro fabricado no mundo (foto abaixo). Os carros ficam na mesma ala que abriga uma coleção de barcos e navios que, séculos atrás, singraram os mares do oriente. A coleção de motos antigas é mais 'modesta'. São 15 motocicletas. A 'estrela' é a moto que foi usada por Peter O'Toole nas gravações de Lawrence da Arábia. O Sheikh Faisal coleciona ainda fósseis. Vimos uma cabeça imensa de dinossauro, ao lado de 4 ovos (de dinossauro, off course), datados de 100 milhões de anos. Além de papiros, livros antigos (tem o menor e o maior alcorão do mundo), jóias, tapetes (persas, iranianos, chineses), pérolas, enfim, o homem coleciona tudo que o dinheiro pode comprar. Ele é dono da maior pérola já pescada no Qatar. Do tamanho de uma bola de bilhar (foto abaixo) .Para guardar a preciosidade, ele mandou fazer uma ostra de ouro maciço! Dificil saber o que vale mais. E é uma coleção particular mesmo! O museu não é aberto à visitação pública. Percorremos o palácio durante 3 horas e ainda ficou faltando muita coisa para ser vista e mostrada.
Para assistir a reportagem, basta clicar abaixo:
E este post faço questão de assinar. Em árabe, off course. Desculpa aí.
Ass: راؤل أنتوني ديس فيله
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